sábado, 6 de junho de 2009

Audi Q5 chega ao Brasil esbanjando tecnologia e desempenho


Incorporando sofisticado pacote tecnológico, novo SUV de luxo alemão é o mais veloz e o mais caro da categoria



Calando as más línguas que previam um futuro incerto para a Audi no Brasil após sua ausência no último Salão do Automóvel de São Paulo, a prestigiosa montadora alemã apresentou ontem à imprensa especializada o seu novo SUV médio de luxo Q5 com toda a pompa de uma marca campeã.

No ano em que comemora o seu primeiro centenário, a Audi lança no Brasil sua nova linha de utilitário esportivo de alta performance com duas opções de motores e quatro tipos de acabamento. A meta da empresa é conquistar 40% desse restrito segmento, que coloca no mercado nacional apenas entre 400 e 500 unidades anuais.

De olho na concorrência dos consagrados BMW X3, Mercedes-Benz GLK e Land Rover Discovery, a Audi embarcou nos novos Q5 toda sua bagagem tecnológica o que, naturalmente, resultou num produto de primeiríssima linha e altíssimo preço, acima de todos os seus rivais. Enquanto o BMW X3 3.0 top de linha custa R$ 269.000,00; o Mercedes-Benz GLK R$ 225.000,00 e o Land Rover Discovery 3 HSE 4.4L R$ 229.900,00, os novos Audi Q5 tem preços de R$ 205.840,00 (2.0L Turbo FSI Attraction); R$ 229.230,00 (2.0L Turbo FSI Ambiente); R$ 263.300,00 (3.2 V6 FSI Ambiente); e R$ 274.500,00 (3.2 V6 FSI Ambition).

O Q5 de entrada vem equipado com motor 2.0 Turbo FSI, de 214 cavalos de potência (entre 4.300 e 6.000 rpm) e 35,7 mkgf de torque (entre 1.500 e 4.200 rpm). Nessa configuraçao, segundo a Audi, o Q5 acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e atinge velocidade máxima de 222 km/h. Com motor V6 3.2 FSI de 269 cv (a 6.500 rpm) e 33,7 mkgf (a 3.500 rpm), o modelo chega aos 100 km/h em 6,9 segundos e atinge 234 km/h de velocidade máxima.

Mas o máximo que os Audi Q5 oferecem não está apenas nos modernos propulsores. Ambas as versões são equipadas com câmbio sequencial S tronic de sete velocidades e dupla embreagem, já consagrado no A3 Sportback e Audi TT; sistema Audi Drive Select, que permite três tipos de ajustes das características de dirigibilidade; freios a disco com sistema anti-travamento ABS; distribuição eletrônica de frenagem EBD; programa eletrônico de estabilidade ESP; controle eletrônico de tração ASR; sistema de auxílio em descidas HDA; assistente hidráulico de frenagem HBA; sistema de auxílio à frenagem BA; e faróis Xenon Plus com 12 LEDs de luzes diurnas e noturnas permanentes que, junto com a enorme grade dianteira, formam a nova identidade visual da marca.

Além disso, é claro, o novo modelo traz de série o tradicional sistema de tracão integral permanente quattro que, em condições normais de utilização, distribui o torque em 40% para as rodas dianteiras e 60% para as rodas traseiras, mas que pode alterar essa relação direcionando até 65% de força para as rodas dianteiras ou 85% para as traseiras, otimizando o desempenho em condições off-road ou on-road com baixa aderência.


Impressões ao dirigir
A Audi caprichou na apresentação do novo Q5 mas decepcionou no teste-drive oferecido à imprensa. A pista de teste off-road, com cerca de 800 metros, se resumia em duas subidas e descidas exageradamente íngremes, apenas o suficiente para demonstrar a atuação do sistema de controle automático de descidas, o HDA, que freia o veículo automaticamente em conjunto com o ABS.

O Q5 mede 4,63m de comprimento (o maior da categoria), 1,88m de largura e 1,65m de altura. A distância livre do solo é de 20cm e os ângulos de entrada e saída são de 25 graus, com 18 graus de ângulo breakover, ou 'ângulo de barriga'. Com essas configurações o Q5 pode superar trechos alagados com até 50cm de água e vencer inclinações de até 31 graus, situações extremas que raramente um usuário, mesmo o mais aventureiro, vai impor a um veículo de mais de R$ 200 mil.

O restante do percurso se resumiu num modesto trecho de terra com ligeira inclinação lateral e algumas pedras. Nada que o próprio Q5 não pudesse superar, mesmo sem utilizar toda a parafernália tecnológica que oferece.

No percurso de asfalto a frustração foi menor. Conduzidos em comboio pela rodovia Anhanguera, D. Pedro e outras adjacentes por cerca de minguados 70 quilômetros em horário de pré-rush, os Audi mal tiveram oportunidade de mostrar para o que realmente vieram. Em que pese a boa vontade do líder do comboio em puxar o grupo em vigorosas acelerações, pouco se fez sentir de todo o potencial da sofisticada máquina.

Luxo, requinte, conforto e ergonomia perfeitas já eram de esperar. Atenção especial para o enorme teto solar Open Sky, que acentua a elegância do modelo e proporciona um real diferencial estético.

Com diferencial localizado à frente da embreagem e imediatamente atrás do motor, o Q5 consegue oferecer 2,81m de distância entre-eixos, a maior da categoria. O resultado é um notável espaço interno e uma melhor distribuição de peso por eixo o que, em tese, também proporciona melhor estabilidade direcional e condução mais esportiva. Com linha de cintura alta, rodas com aros que variam entre 18 e 20 polegadas, design elegante e escultural, e imponente grade do radiador, o Q5 lembra mais um esportivo parrudo e com 'cara de mau' do que um SUV 4x4 de luxo.

Audi promete mais
Paulo Kakinoff, presidente da Audi do Brasil, abriu a conferência de imprensa mandando um recado otimista aos jornalistas presentes. Segundo o executivo, o Q5 é apenas o primeiro --e o mais importante-- de uma série de lançamentos que a montadora fará no País ainda este ano.

Segundo Kakinoff, apesar da crise a Audi apresentou 24% de crescimento nas vendas do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008, e garantiu: "no segundo semestre vamos lançar aqui os novos A3, A6 e duas versões do esportivo TT, a S3 e a TTs."

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