sábado, 28 de abril de 2012

Pelos Bares da Vida

Um ensaio sobre bares, que suave ousadia...
Afinal, falar sobre bares é falar sobre a própria vida.
E, sobre a vida não se fala, ou se escreve.
Simplesmente se vive, ou se bebe.

Há de tudo para ser dito sobre esses lugares..
Fotografias, poemas, todas as formas são formas,
para se dizer do que acontece nos bares.

E em se tratando de bares, há de tudo um pouco.
Há bares diários, diurnos.
Há bares esporádicos, noturnos.
Bares que te deixam sóbrio, ou meio louco.

Há bares que vivem lotados.
Outros quase sem gente.
Alguns são perigosos, outros ousados.

Tem bares que a gente nem percebe.
Em alguns somos rápidos. Em outros, lentos.
Uns são tristes, outros alegres.
Sempre, Porém, a eles dedicamos bons momentos.

O bar a padaria, que doces lembranças.
Olhar sonolento, rosto matutino, o que você quer?
Pão doce e chocolate quente! viramos crianças.
Um bar sempre disposto àquilo que você se dispuser.

No bar da esquina, o jogo do bicho, o bilhar.
Dominó na mesa, mãos enrugadas e chapéu de feltro.
Nas brigas sempre é bom se manter neutro.
Às vezes, nesse bar, que sorte, se ganha a milhar...

Quem não se lembra de, pelo menos uma vez,
ter entrado num bar?
Fossas, alegrias, emoções sem par.
Porres, o namoro novo, o amor que se desfez.

Um barzinho do interior, da montanha, da praia.
Entra-se para beber água, tomar um cafezinho,
caipirinha ou simplesmente não beber nada.

Em alguns se pode pedir cigarros,
Em outros não ficaria bgem.
Nuns se chega de carro,
em outros, só de trem.

Hà bares ricos, há bares pobres, há bares-tudo.
Em alguns se chega para falar muito,
Em outros para ficar mudo.

Alguns tem piso de mármore,
outros de terra.
Balcão quase sempre tem,
de madeira ou pedra.

Tem bares que aceitam cachorros,
outros, só gente.
Uns em serviço de mesa,
outros são totalmente ineficientes.

Mas bares são bares.
Para gente sozinha, em grupo ou em pares.
Com música ou sem.
Pinga tem, entre um gole e outro, o último feito.

Há bar que tem tudo:
comida, chapéu de palha, sabão e pano-veludo.
Fumo de rolo, coca-cola quente
e, com sorte, um sanfoneiro triste. Ou contente.

Tem bares gozados, bons pra brincadeiras.
Outros, são mais propícios às intrigas.
No meio da Transamazônica, em mei às bananeiras.
Tem bares bagunçados, onde só acontecem brigas.

Alguns são abandonados,
Viram casas, ou estábulos.
Outros são cheios de gente, superlotados.

Bar de estação rodoviária,
Gente suada, gente sofrica.
Bar dos doutores aeroportos,
gente bonita, gente corrida.

Bares, bares e mais bares.
Vida, vida e mais vida.
Há bares-vida de todo jeito.
Umas vezes sujos, outras vezes limpos.
Uns feios, outros lindos.

Há bares, até, só pra namorar.
Outros, aindal, planejados especialmente
para o que você desejar.
Para beber, beber, beber...
Até para negociar.

Há barzinhos. Há barzões.
Há bares que viraram notícia,
boas ou ruins.
Bares que viraram tragédia.
Ou, suaves, parecem ter vida sem fim.

Há bares recentes, há bares velhos.
Há bares serenos, há bares austeros.
Há bares, na vida, fugazes.
E há bares... eternos.



Pelos bares da vida,
Pelos bares dá vida.

Pelos bares, dívidas.
Pelos bares, dúvidas.

Pelos bares há vida,
Pelos bares, a vida.

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