quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ford lança nova linha de Vans e Furgões Transit

A Ford lançou nesta quarta-feira, 10, a moderna família de furgões e vans Transit. A montadora promete veículos com o maior torque do segmento, com o motor turbodiesel Duratorq 2.4 L TDCI, único no mercado com transmissão de seis marchas.


A nova família de vans conta com itens de série como freios a disco nas quatro rodas com ABS, controle de tração, controle eletrônico de estabilidade, assistência para arrancadas em aclives e assistência para frenagem de emergência além de air-bag para o motorista. Os veículos terão preços a partir de R$ 83.990 para a versão Furgão Curto com capacidade de 7.5m³ na área de carga, R$ 93.290 para a Transit Furgão Longa com capacidade de 11.3m³ e R$ 103.990 para a Van de passageiros, que pode transportar 13 pessoas mais o motorista.
A meta da Ford é conquistar 11% do segmento de vans e furgões, que este ano deve fechar com cerca de 23 mil unidades comercializadas no Brasil. Até então, Fiat Ducato e Mercedes-Benz Sprinter vêm dividindo cerca de 80% da demanda, que tem ainda outras boas opções, como a Renault Master e Peugeot Boxer.

Alto nível
No Brasil, a Ford chega ao segmento das vans e furgões por último. Mas na Europa, a mesma Transit que começa a ser vendida aqui em janeiro já é líder de vendas no disputado mercado europeu, com mais de 300 mil unidades comercializadas por lá. Desde seu lançamento em 1961, quando então tinha a curiosa aparência de uma Kombi, a Transit já teve mais de 5 milhões de unidades comercializadas, em cerca de 80 países.
O velho ditado ´quem ri por último, ri melhor` poderia ser tranqüilamente aplicado aqui. Uma geração à frente dos modelos concorrentes, a Ford Transit incorpora o que há de mais moderno no segmento. O motor diesel de alta rotação, da família Puma, entrega 115 cavalos de potência a 3.500 rpm, e 31,5 kgfm de torque, a 2.000 rpm –o maior da categoria, segundo a Ford--, com alta curva de força em baixas rotações.
O câmbio é manual de seis marchas e, ao contrário das concorrentes, tem tração traseira. Produzidas na Turquia, todas as versões já vêm completas de fábrica. O único opcional é o ar-condicionado nas versões furgão. Entre as tecnologias inovadoras em modelos desse segmento, a Transit oferece freios a disco nas quatro rodas, com ABS e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD); controle eletrônico de estabilidade (ESP); sistema de assistência de saídas em aclives (HLA); duplo sistema de baterias; regulagem da altura dos fachos de luz dos faróis; e sistema de proteção passiva antifurto PATS.

Agradável de conduzir
A Ford Transit está em sua sétima geração. Comercializada há quatro décadas consecutivas, tornou-se um dos veículos comerciais de maior sucesso em todos os mercados onde é vendida. Tanto nas versões para transporte de carga quanto para o de passageiros, a dirigibilidade é um dos grandes trunfos do modelo.
O teste-drive oferecido pela Ford por ocasião do lançamento foi muito curto, mas o suficiente para provar um pouco das qualidades do veículo. Bem posicionado ao volante (que não oferece regulagem nem de altura e nem de profundidade), o motorista tem ampla visão à frete e para os lados através da generosa área envidraçada, e para trás, através dos espelhos duplos que abrangem todos os ângulos.

A direção é pequena, leve e macia como as dos automóveis. E além disso oferece um ângulo de esterçamento de 4,83 metros, o que possibilita manobras fáceis mesmo em lugares apertados. O motor é silencioso, o nível de ruído interno é baixo e o câmbio oferece engates fáceis e macios. O sistema de controle de saída em aclives é eficiente tanto em saídas para frente, quanto para trás. Funciona integrado ao controle de estabilidade para auxiliar o motorista nas partidas em subidas e impede que o veículo retorne para trás, mesmo com carga máxima.
O HLA é acionado automaticamente por três segundos sempre que a Transit pára em um aclive com inclinação superior a 4%, desde que esteja engrenada e sem o freio de mão puxado. Nesse intervalo, o motorista pode tirar o pé do pedal de freio e pisar no acelerador sem que a Transit se mova. Ele funciona da mesma maneira em declives, quando a marcha a ré é engatada.


Teste de verdade
Dar uma voltinha num carro novo é uma coisa. Viajar nele, é outra. O teste drive da Transit foi curtinho, num mini-circuito dentro da própria área do Hotel Bourbon, em Atibaia, mas na volta para São Paulo, numa viagem de pouco menos de 90 quilômetros e quase duas horas de duração, ele foi bem mais autêntico.
Ao volante, um motorista profissional. Como passageiros, 13 jornalistas especializados em veículos. 10H30, sol forte, muito calor, a primeira sacada –negativa-- foi quase imediata: as vans Transit de passageiros contam com uma clarabóia de vidro na parte traseira do teto, apresentada como saída de emergência. Tem até um martelinho de cada lado nas laterais do veículo, para ajudar a quebrar o vidro em caso de acidente.

Lá, o ´acidente` foi não termos levado boné e nem protetor solar. O sol derrama impiedosamente seus raios através da clarabóia e cozinha os passageiros das duas últimas fileiras de bancos. Na estrada, ar condicionado (com saídas no teto também para a parte de trás) no máximo, o inconveniente não passou de um inconveniente. Mas na marginal do Tietê totalmente parada, tornou-se um grande problema.
A disposição dos bancos, com fácil acesso até as últimas fileiras, e o corre-mão vertical, que realmente facilita o acesso, merecem destaque positivo. A potência do ar-condicionado –que não deu conta do recado no congestionamento da marginal--; a falta de alças de apoio (pqp´s) para os passageiros de trás; e a clarabóia de segurança que cozinha os passageiros, merecem destaque negativo.

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