sexta-feira, 10 de julho de 2009

Impressões ao dirigir: NIssan Livina é versátil e familiar


Sucesso de vendas em mercados emergentes como África do Sul, Vietnã, Taiwan, Malásia e Filipinas, onde já foram comercializadas mais de 100 mil unidades, o primeiro integrante da família Livina, modelo global da Nissan, chega agora ao Brasil para disputar mercado com outros monovolumes, tradicionalmente familiares, principalmente o Honda Fit, o principal rival a ser superado.

O modelo está disponível em duas versões de acacabamento e duas motorizações. Para tecer as primeiras impressões ao dirigir escolhemos a versão 1.6 de entrada que, segundo a Nissan, será responsável por 35% do mix de vendas. De cara, o carro não impressiona muito. A grade frontal, muito parecida com a de seu ´irmão` de luxo Murano, parece ostentar um requinte que o carro não oferece. E de lado, a traseira truncada e a terceira janela (falsa) passam a sensação de um modelo mais antigo, aliás muito parecido com a versão anterior de seu maior rival, o Fit.



Medindo 4,18 m de comprimento, 2,6 m de distância entre-eixos e 1.57 m de altura, o Livina agrada mais quando se avalia o espaço interno. Os bancos dianteiros, revestidos em tecido na versão testada, são apenas razoáveis, mas acomodam bem motorista e passageiro. Já os bancos traseiros, embora comportem melhor apenas duas pessoas, três ainda viajam com relativo conforto. Há bom espaço para as pernas e, principalmente, para as cabeças de passageiros de qualquer estatura. O porta-malas também é generoso em espaço, oferecendo 449 litros de capacidade.

Entrar e sair do carro deve ser devidamente destacado como ponto positivo. As portas oferecem grande ângulo de abertura e a altura do teto facilita sensivelmente o acesso de passageiros de qualquer estatura e de bagagens de maior porte. Mas o acabamento, embora honesto, é quase espartano nessa versão. O plástico é utilizado sem parcimônia, dando um aspecto mais ´popular` ao modelo, e os equipamentos de série bastante limitados: ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico e airbag para motorista, desembaçador traseiro com temporizador, encosto do banco traseiro rebatível (mas não bipartido), lavador e limpador do pára-brisa traseiro, porta-copos dianteiros e traseiros, retrovisores externos retráteis e com regulagem elétrica, vidro do motorista com sistema ´one touch`, e volante de três raios com regulagem de altura.

Desempenho compatível
O motor 1.6 válvulas bi-combustível do Livina desenvolve 108 cv a 5.750 rpm, com álcool (104 cv com gasolina). Dotado de acelerador eletrônico e contando com câmbio manual de cinco marchas, o Livina acelera suavemente e com baixo nível de ruído, pelo menos enquanto em baixas rotações. A direção com assistência elétrica torna o conduzir fácil e prazeroso em qualquer faixa de velocidade. Nas mais baixas, o volante torna-se proporcionamente mais leve, e em velocidades mais altas, gradativamente mais firme e seguro.

Segundo a Nissan, o Livina 1.6 acelera de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos, quando abastecido com álcool, e atinge velocidade máxima de 183 km/h. O torque, de 15,3 mkgf (com álcool) atinge seu ápice a 3.750 rpm, mas segundo a montadora, 90% da força já está disponivel a partir das 2.400 rotações do motor. A montadora informa também que o consumo (esta versão do modelo não oferece computador de bordo), em condições ideais de utilização, é de 12,8 km/l na cidade e 17,5 km/l na estrada, quando abastecido 100% com gasolina. Já utilizando álcool o consumo aumenta para 7,7 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada.

No conjunto, o Livina é gostoso de dirigir. Suas suspensões, independente do tipo McPherson com barra estabilizadora na dianteira, e com eixo de torção, barra estabilizadora e molas helicoidais na traseira, oferecem boa relação entre maciez, firmeza e conforto, pelo menos trafegando sobre asfalto (o teste-drive não contemplou nenhum trecho de terra). E trafegando em velocidade de cruzeiro, com o ponteiro do conta-giros oscilando entre 3.000 e 4.000 giros, o Livina avança suave e firme, para alegria de toda a família.

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